Batalha Naval pela Qualidade do Mar

Esta manhã de sexta feira, decorreu no Auditório do Colégio dos Jesuítas a 7ª edição do Congresso Internacional – o Desporto e o Mar. Na sessão de abertura, Elsa Fernandes, Vice-Reitora da Universidade da Madeira, deu as boas vindas ao público presente elogiando a iniciativa do Clube Naval do Funchal “muito para além das atividades desportivas” e da “preocupação com o mar desde sempre manifestada pelo clube”.

António Fontes, presidente do CNF, justificou aos presentes que a temática deste ano advém daquela que “a grande batalha naval”, ou seja a qualidade do mar. O órgão máximo do CNF defendeu ainda que “esta batalha, não tem cor política, religiosa, ambiental ou social” e que não haverá certamente qualidade do mar se também não houver mais e melhor desporto náutico na região.

Mafalda Freitas, antiga Presidente do CNF e atual técnica responsável pelos projetos comunitários ainda em implementação no CNF, nomeadamente o EcoturAzul, apresentou ao detalhe os objetivos deste projeto e as ações já implementadas, nomeadamente, uma plataforma digital que reúne informação diversa sobre a ilha, onde também se inclui toda a informação náutica das atividades existentes na região.

Manuel Oliveira, sub diretor regional dos assuntos do Mar, esclareceu o conceito de Economia Azul ao público presente depois de uma avaliação global, e menos positiva, ao panorama atual da atividade náutica a nível nacional. O carácter menos positivo deste balanço serviu, como disse o próprio, para dar a certa “dose de realismo necessária para evoluir” apresentando ao longo do seu discurso o trabalho que tem vindo a ser feito nas mais variadas áreas de assuntos do mar, nomeadamente no ordenamento marítimo por um conjunto de instituições públicas e privadas. A sua apresentação terminou com uma reflexão que foi o mote para o debate seguinte : “ Pense global, atue local”. No final deste painel, a conclusão tirada é que ainda “há muito trabalho a se fazer” na região ao nível da cultura náutica, passando pela introdução dos assuntos do mar, no plano curricular das escolas.

No segundo painel, as investigadoras do Observatório Oceânico da Madeira, Cátia Azevedo e Margarida Hermida apresentaram ao detalhe o trabalho realizado na Madeira ao nível de estudos no mar pelo OOM, deixando a plateia surpreendida com a quantidade de equipamentos e estudos realizados no nosso mar e que permitem obter informações muito úteis não só para o desenvolvimento científico/ económico do sector como para a população em geral através do desenvolvimento de várias aplicações e plataformas, como a Madeira Weather ou Madeira Fish.

Miguel Silva Gouveia, Vice-Presidente da CMF, fechou este congresso com uma intervenção sobre o processo de tratamento de águas da cidade do Funchal. Com detalhe, explicou ao público todas as etapas deste processo e toda a distribuição do mesmo ao longo da cidade, onde constam no total 18 estações de tratamento, elucidando também para o ciclo urbano da água e para o enquadramento histórico do tratamento de águas residuais da cidade do Funchal.

Miguel Silva Gouveia, aproveitou também a oportunidade para apresentar uma aplicação disponível para qualquer cidadão e que visa facilitar o contacto de ocorrências diversas na cidade que sejam detetadas pelos cidadãos e que podem ser diretamente comunicadas à CMF para uma melhor gestão da decisão de investimento. Com a aplicação “Alerta Funchal”, será mais fácil para a CMF “decidir em que áreas deve intervir mais e melhor, conforme o maior volume de ocorrências for identificado”, concluiu.


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